Igreja de Deus https://igrejadedeus.com.br Movimento Congregacional Sat, 11 Oct 2025 14:51:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://igrejadedeus.com.br/wp-content/uploads/2023/06/igreja-de-deus-logo-150x150.png Igreja de Deus https://igrejadedeus.com.br 32 32 A Mulher: postura cristã e seu papel no lar, na igreja e na divulgação do evangelho https://igrejadedeus.com.br/a-mulher-postura-crista-e-seu-papel-no-lar-na-igreja-e-na-divulgacao-do-evangelho/ https://igrejadedeus.com.br/a-mulher-postura-crista-e-seu-papel-no-lar-na-igreja-e-na-divulgacao-do-evangelho/#comments Sat, 08 Jul 2023 18:19:38 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=366 Faça o download do Ebook gratuitamente clicando no botão abaixo:

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O reino será na terra https://igrejadedeus.com.br/o-reino-sera-na-terra/ https://igrejadedeus.com.br/o-reino-sera-na-terra/#respond Wed, 21 Jun 2023 21:32:20 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=36 Download

O reinado de Cristo será no Céu ou na Terra?

Estamos disponibilizando um Ebook totalmente gratuito para mostrar que o reinado do Messias e os escolhidos de Deus será na terra e não no céu, como é amplamente difundido no sistema religioso.

11 – Mas os humildes receberão a terra por herança e desfrutarão pleno bem-estar.

Salmos 37:11

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As tribos perdidas da casa de Israel https://igrejadedeus.com.br/as-tribos-perdidas-da-casa-de-israel/ https://igrejadedeus.com.br/as-tribos-perdidas-da-casa-de-israel/#respond Wed, 21 Jun 2023 21:27:36 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=88 O estudo sobre as dez tribos da casa de Israel é um estudo realmente maravilhoso. Para que possamos introduzir esse tema é importante começarmos observar alguns detalhes e pistas muito importantes. Eles irão identificar as nações atuais (das tribos perdidas de Israel) com seus destinos, as quais foram informados de forma profética por DEUS aos patriarcas. A pista que estava nesses milênios que passaram na história até chegar ao atual mundo moderno.

Começaremos com o patriarca Abraão. Vamos entender algumas coisas que aconteceram com ele e as promessas feitas aos descendentes de Abraão. Iniciaremos o estudo com essas passagens bíblicas: Gênesis 13:16; Gênesis 17:2 e Gênesis 22:17. Essas promessas que DEUS fez a Abraão vão nos dar o início de todas as coisas. DEUS fala para Abraão as seguintes palavras:

GÊNESIS 13:15-16

  1. Porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua descendência, para sempre.
  2. E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada.

Observe nesses versículos uma promessa que DEUS fez para Abraão de “multiplicar a descendência dele como o pó da terra”. Vamos ver mais algumas coisas que a profecia fala a respeito de Abraão, confirmando essa promessa.

GÊNESIS 17:2

2. E firmarei meu pacto contigo e sobremaneira te multiplicarei.

Estamos vendo DEUS falando que essas nações serão multiplicadas a partir de Abraão. Vejamos agora:

GÊNESIS 22:17

17. Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos.

Essas são as promessas que DEUS faz sobre os descendentes de Abraão, inclusive até “a porta dos seus inimigos eles possuiriam”. Isso mostra algo que está ligado com um acontecimento no futuro. Por ser um assunto muito extenso e interessante, esse estudo será dividido em 3 partes. Iremos mergulhar na história e confirmaremos quão verdadeira e precisa é a palavra dos profetas. Eventos como a: Idade Média, a colonização das Américas, criação dos Estados Unidos, Canadá, 1ª e 2ª Guerra Mundial e a criação do Estado de Israel. Todos esses eventos foram precisamente e cronologicamente profetizados na bíblia. Eventos históricos grandiosos e complexos, que somente esse DEUS perfeito que organizou o céu e a terra poderia falar com precisão de acontecimentos futuros, anunciando o fim desde o início.

Nós lemos três passagens do livro de Gênesis onde, DEUS chamando Abraão promete fazer dele “uma descendência como as estrelas do céu, como a areia que está na praia do mar, e que a sua descendência possuiria a porta dos inimigos”. DEUS vai abençoar poderosamente essas nações que vão vir de Abraão em Gênesis 22:16-18. Essas nações serão abençoadas poderosamente e estarão como nações poderosas na terra.

GÊNESIS 22:16-18

  1. E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho,
  2. Que deveras te abençoarei e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;
  3. E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.

Essas promessas foram feitas para Abraão enquanto ele ainda não tinha gerado um filho. Ele era avançado de idade, Sara, sua esposa, também era avançada na idade e DEUS chama Abrão como “o pai de muitas nações”. Posteriormente, muda o nome dele de Abrão para Abraão que significa “pai de multidões”. A mudança de nome desse patriarca vai mostrar que dele irão surgir muitas nações. Vamos ver que essas bençãos divinas também serão dadas as nações no futuro. Essa benção seria desfrutada e daria superioridade para essas nações. Existe aqui uma promessa de bençãos, que será confirmada ao longo da história.

DEUS confirma essa mesma promessa a Isaque. A versão hebraica em Gênesis 24:60, diz que esta benção da profecia bíblica dos descendentes de Abraão, seria o número de milhares e milhões e que inclusive possuirão a porta daqueles que os odiavam. No texto em hebraico de Gênesis 24:60, diz que esta descendência seriam milhares de milhões.

GÊNESIS 24:60

60. E abençoaram a Rebeca e disseram: Ó irmã nossa, sê tu a mãe de milhares de miríades, e possua sua descendência a porta dos seus aborrecedores.

Pelo Espírito de DEUS, Rebeca (esposa de Isaque) dará descendentes para Abraão. Rebeca vai ser mãe de “milhares de miríades” que significa milhares de milhões. Sabemos que a população mundial daquele tempo, não chegava a uma escala de milhares de milhões, a não ser na era moderna. Nações que tem milhares ou mesmo milhões, somente vemos isso se tornar realidade agora, nesses últimos dias. A China tem um bilhão e 300 milhões de habitantes. No mundo atualmente existe 7 bilhões de habitantes. Essa profecia de Gênesis 24:60, sobre os descendentes de Abraão vai ter seu apogeu de cumprimento nos últimos dias.

E o que será que DEUS quer revelar e vai nos revelar diante das palavras dos profetas? O que nós vamos encontrar na história que fazem com que as palavras que o ETERNO prometeu a Abraão, se cumpram hoje nos últimos? DEUS vai prometer para Abraão que dele vai nascer reis, príncipes, nações poderosas que possuirão a porta dos seus inimigos. Essas perguntas intrigantes vão ter suas respostas ao longo deste estudo maravilhoso.

Essa profecia se refere as bençãos que Abraão vai receber e essas bênçãos serão passadas às suas gerações por direito de nascimento. Essas bençãos divinas seriam também herdadas por certas nações no futuro. Essas nações teriam uma superioridade nata dada por DEUS, por amor à Abraão. Este número que apresentamos de milhares de milhões dos descendentes de Isaque e Rebeca, chega a casa dos bilhões ao longo de todas as gerações da humanidade da terra. DEUS não estava brincando quando falou que faria da “descendência de Abraão numerosa como as estrelas do céu ou como areia do mar”.

No entanto, Abraão teve um filho antes de Isaque. Esse filho foi Ismael através da sua serva Agar. Ismael e seus descendentes receberam também promessa de se tornarem numerosos e constituir uma grande nação, a qual teria por característica principal “doze príncipes”. Essa grande nação dos descendentes de Ismael, no mundo moderno, são os árabes. Os árabes hoje são descendentes de Ismael, filho de Abraão e Agar.

Esta ligação é muito conhecida na história e muitas enciclopédias abordam os árabes, como originários de Ismael. A Enciclopédia Americana é bastante específica quando afirma: “a maioria das nações dos doze filhos de Ismael podem ser identificadas com o nome de tribos árabes”. [1]  Os doze príncipes prometidos para os árabes (através de Ismael) vão se cumprir de forma maravilhosa.

Uma coisa interessante é quando a nação árabe foi profetizada (que viriam príncipes de Ismael), DEUS fala que eles possuirão “a gordura da terra”. Na versão da Bíblia King James fala das promessas para esses príncipes que possuirão a gordura da terra. Os ismaelitas recebem uma benção secundária: vão se constituir povos numerosos e em países ricos em petróleo. O petróleo dentro da linguagem bíblica significa “gordura da terra”.

Abraão também teve muitos filhos de uma segunda esposa, chamada Quetura. Abraão teve filhos até mesmo de suas concubinas. Alguns desses outros filhos receberam uma porção da riqueza de Abraão e foram viver em terras distantes, localizadas ao leste da terra da Palestina. Isto está em Gênesis 25:1-6. A palavra de DEUS fala de outras mulheres e outros reis. Gênesis 25 fala de outros príncipes que vieram de Abraão.

GÊNESIS 25:1-6

  1. E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura;
  2. E deu-lhe à luz Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá.
  3. E Jocsã gerou Seba e Dedã; e os filhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim.
  4. E os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Estes todos foram filhos de Quetura.
  5. Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque.
  6. Mas, aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, enviando-os ao oriente, para a terra oriental.

As nações originadas através das concubinas também vão formar reis na terra. Isso que estamos estudando é exatamente as bases para entendermos a origem de muitas nações poderosas nos dias de hoje. Uma vez que o ETERNO prometeu a Abraão que faria dele “poderosas nações e multiplicaria sua semente como as estrelas do céu, e como o pó da terra”, este contexto vai nos levar a entender muitas coisas no final da história da humanidade, inclusive as nações que hoje existem. Neste estudo nós vamos entender a origem dos povos.

Isaque é o filho da promessa. A Inglaterra, Holanda e outros países que existem, como os Estados Unidos, Canadá vão ser compreendidos por meio desse estudo. JESUS é quem vai dar a legitimidade da Salvação. Esse é o descendente, “a estrela de Jacó ou Siló”. Todas as coisas vão ser garantidas pela promessa espiritual em JESUS.

Nós temos duas promessas que precisamos entender: uma promessa de cunho material e outra de cunho espiritual. Por exemplo, foi dividida a promessa material e a promessa espiritual entre Jacó e Esaú. Jacó recebe as promessas espirituais junto com promessas materiais. Esaú recebe somente promessas materiais. Ismael recebe somente promessas e bençãos materiais. Dentro das bençãos que Jacó e Isaque recebem foi a de que as “nações descenderiam de Jacó e se encurvariam à Jacó”. Esaú renunciou a seu direito de primogenitura à favor de Jacó. E Jacó toma essa primogenitura enganando Esaú em Gênesis 27 narra isso.

GÊNESIS 27:28-29

  • Assim, pois, te dê DEUS do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.
  • Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.

Quando Jacó entrega o guisado a seu pai Isaque, este pronuncia essas bênçãos sobre seu filho Jacó, pensando que era Esaú. Isaque pensou que era Esaú, mas Esaú havia vendido a sua primogenitura por um prato de lentilha. Esse é o problema quando a pessoa não sabe valorizar as bençãos espirituais que recebe de DEUS. Por um prato de lentilha ele vendeu sua benção. Isso custou caríssimo para Esaú. A Bíblia diz que, ainda que ele tenha buscado com “choro e lágrimas” não encontrou lugar para arrependimento (junto a DEUS), pois Esaú praticava a fornicação e era extremamente fútil. Nós temos que andar na presença de DEUS com responsabilidade. Vamos perceber que por uma atitude dessa de Esaú, onde ele transfere todas as bençãos espirituais para o seu irmão Jacó, isso custou-lhe caro. Diz a narrativa bíblica que Rebeca também ajudou Jacó. Foi um complô.

GÊNESIS 27:30

  • E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de

Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;

31.E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.  

32. E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú. 

ee. Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois é aquele que apanhou a caça, e me trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.

Podemos imaginar como ficou Esaú nessa hora. A benção havia sido dada pela direção e permissão de DEUS. Não havia mais a possibilidade de remover a benção. A palavra de um homem de DEUS é muito importante.

Rebeca e Jacó usaram de engano. O próprio nome Jacó significa “suplantador ou engano”. Não podemos descartar o fato de que Esaú foi fútil e totalmente irresponsável quando vendeu por um prato de lentilha todas as bençãos, através de um trato com Jacó. Não podemos olhar somente pela ótica do que aconteceu com Jacó combinando com Rebeca. Devemos também olhar pela ótica que Esaú foi fornicário. ABíblia diz: “quem pode entender a mente de DEUS? Porque DEUS amou Jacó e aborreceu Esaú”.

Podemos imaginar que a atitude de Esaú, de menosprezar todas as bençãos a que tinha direito por um

prato de lentilha, foi muito desagradável e aborrecível diante de DEUS. A Bíblia diz:

HEBREUS 12:16-17

  1. E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. 
  2. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.

Quem pode entender os desígnios de DEUS? Isso mudou totalmente a história.  A Jacó é dada sequência dessas bençãos. Nós também vimos que nasceram as nações árabes, filhos de Abraão com outras esposas. Mas a primogenitura, a benção profética espiritual do descendente (no caso o MESSIAS), vai ser transmitida aos descendentes de Jacó.

Uma outra coisa interessante que nós falamos aqui é que as nações que advirem dos descendentes de Jacó seriam poderosas nações, e que outras nações da terra serviriam “o melhor do trigo, o melhor do mosto”. Essa palavra “grandes e poderosas nações” irá se cumprir nos “milhares de miríades”. A benção espiritual é mais importante do que a benção material.  Nesse contexto, a benção espiritual vai tornar os descendentes de Jacó em nações poderosíssimas que vão possuir até mesmo, “a porta dos seus inimigos”.

Quando Jacó estava para morrer, ele passa as bençãos de primogenitura aos descendentes, especificamente ao seu filho favorito José. José era o filho mais velho da sua esposa Raquel, que ele mais amava. Vemos aqui como um ato profético determina o futuro. Existia uma preferência de Jacó por José, porque José era filho da sua esposa mais amada Raquel. Jacó havia trabalhado 7 anos por Raquel. No dia do seu casamento ele ficou bêbado e colocaram Lia no lugar de Raquel. Isso foi feito porque a lei dizia que deveria casar primeiro a filha mais velha. Quando Jacó se deu conta no dia seguinte, questionou seu sogro Labão, dizendo: “Tu me deste Lia, me enganaste Labão”.

Jacó precisava passar por uma conversão. Posteriormente, Jacó mudou seu nome para “Israel”. Nesse ponto muda-se a história de Jacó. Quando seu nome muda para “Israel”, houve uma conversão de Jacó. Quando ele luta em aflição com aquele anjo, naquele momento ele se converte. Jacó trabalhou mais 7 anos, total 14 anos, para poder conseguir Raquel, que era a mulher que ele estava interessado. Vemos aqui o quanto Jacó amava Raquel, ela custou-lhe o dobro de trabalho para ele. E Jacó teve com Raquel os filhos José e Benjamin. É natural que da esposa que ele mais amava, ele tivesse uma afeição especial por José. E essa afeição dele por José custou à José um preço alto, porque seus irmãos acabaram por inveja vendendo José. Depois de ter sido vendido como escravo por 20 moedas de prata, Jose sofreu muito. Foi levado ao Egito e acabou virando cativo, indo parar em uma masmorra.

Agora vamos nos concentrar em algo muito importante. Nesse ponto começa os divisores de água. Israel vai chamar os seus filhos antes de morrer, e vai pronunciar bençãos proféticas sobre eles. Ele diz o seguinte: “Eis que vos farei saber o que há de cumprir nos últimos dias com cada um de vós”. Essa cerimônia de benção de primogenitura está relatada em duas fases, em Gênesis 48 e 49. Na primeira fase dessa cerimônia em Gênesis 48:8-22, vamos perceber o direito natural de bençãos, tipo: “grandeza nacional, grandes populações e possuir a porta dos seus inimigos”. Nessa primeira fase das bençãos, veremos a participação dos netos Efraim e Manassés. Em uma cerimônia privada exclusiva, Jacó vai chamar seus netos Efraim, Manassés, juntamente com José. É importante anotarmos esses detalhes pois serão impressionantes dentro da história da humanidade e da história dos descendentes de Jacó.

Vamos ver as bênçãos materiais que são dadas aos doze filhos que Jacó, para podermos rastrear algumas coisas interessantes. Em Gênesis 48:8-22 está o “direito natural de bençãos”.

GÊNESIS 48:8-14

  • E Israel viu os filhos de José, e disse: quem são estes?
  • E José disse a seu pai: eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, trazemos aqui, para que os abençoe.
  • Os olhos de Israel, porém, estavam carregados de velhice, já não podia ver; e fê-los chegar a ele, e beijou-os, e abraçou-os.
  • E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência.
  • Então José os tirou dos joelhos de seu pai, e inclinou-se à terra diante da sua face.
  • E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele.
  • Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.

José tomou a atitude de colocar o filho mais velho do lado direito do seu pai, e o mais novo do lado esquerdo, para que a benção de primogenitura fosse dada pela mão direita. José estava premeditando as coisas, conforme ele achava que deveria ser. Mas, Israel estendeu a mão direita e colocou sobre a cabeça de Efraim, (filho mais novo), e a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo assim as mãos propositadamente (embora Manassés o primogênito). Foi DEUS que guiou a mão de Israel: “o homem faz seus planos, mas

DEUS é quem determina as coisas”. Não adianta apenas fazer os planos, tem que ter a aprovação de DEUS. É importante o plano ser aprovado por DEUS. Dessa forma, Jacó (Israel) vai inverter as mãos ao abençoar seus netos Efraim e Manassés.

GÊNESIS 48:15-18

  1. E abençoou a José, e disse: O DEUS em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o DEUS que me sustentou, desde que eu nasci até este dia;
  2. O anjo que me livrou de todo mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, o nome dos meus pais Abraão e Isaque, e multiplique-se como peixes, em multidão, no meio da terra. 
  3. Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés.
  4. E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.

Nesse momento, Jacó vai ser instigado por José do porquê ele estava fazendo daquele jeito, ou seja, porquê ele inverteu as mãos ao abençoar os netos.   Estaria Jacó equivocado ao fazer isso? O que será que estava acontecendo naquele momento? Jacó foi dirigido pelo ESPÍRITO SANTO, mesmo depois de José falar pai não faz issoVejamos o que acontece nesse episódio.

GÊNESIS 48:19-20

  1. Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo seu irmão menor será maior do que que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações. 
  2. Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti abençoará Israel, dizendo: DEUS te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés. 

Quando Jacó inverte as mãos para abençoar os filhos de José, ele não fez isso porque estava cego. Ele sabia muito bem o que estava fazendo. Manassés será uma grande nação, mas seu irmão Efraim será uma nação mais poderosa.

GÊNESIS 48:21-22

  • Depois disse Israel a José: Eis que eu morro, mas DEUS será convosco, e vos fará tornar à terra de vossos pais.
  • E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus irmãos, que tomei com a minha espada e com o meu arco, da mão dos amorreus.

O que Jacó fez não foi uma coisa aleatória porque estava cego, mas pré sabendo do futuro e do que aconteceria com esses dois netos. Ele fez um ato profético que aconteceria milhares de anos depois. As bênçãos materiais são passadas nessa primeira fase em uma cerimônia isolada de Jacó com seu filho José e seus netos Manassés e Efraim.

Isso nos mostra algo muito interessante. No capítulo 49 aparecerá mais bênçãos, que é uma segunda fase da cerimônia. Nessa fase se estende o ato profético aos doze filhos de Israel, presentes na cerimônia antes dele falecer. Vamos nos concentrar em Gênesis 49:1.

GÊNESIS 49:1

1. Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros.

Esse ato profético de benção dado no capítulo 49, vai nos dar as chaves das origens dos vários povos e nações da terra. Também este ato profético de cada um dos filhos de Jacó, vai nos mostrar o destino e o rastreamento de certas nações que hoje existe no mundo moderno. Este ato profético está na sequência de estudo que nós iniciamos com: “Abraão de ti farei nações, multiplicarei a tua descendência como areia do mar, como as estrelas do céu, e com a promessa de milhares de miríades”. Serão populações que atingirão bilhões de pessoas.

É primordial essa base que vocês receberam nesta primeira fase do estudo. Entender isso é essencial para ver a precisão das sagradas escrituras ao longo da história da humanidade. Como DEUS incrivelmente deixa registrado a história, o destino de povos da terra e hoje, as nações que existem nos dias finais. Entenderemos algumas coisas referente a organização geopolítica nos dias atuais. Tudo isso profetizado e com detalhes incríveis. (Continuaremos esse estudo na parte II.)

Vamos colocar agora as passagens em que Jacó fala aos seus filhos e explicaremos no próximo estudo.

GÊNESIS 49:1-27

  1. Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros;
  2. Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.
  3. Ruben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.
  4. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.

(Ruben vai cometer um pecado grave. Esse pecado vai fazer com ele perca a preeminência da dignidade e do poder. Essa é uma das sentenças a um filho de Jacó.)

  • Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência.
  • No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois.
  • Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel.
  • Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
  • Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?
  • O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
  • Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.
  • Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.
  • Zebulom habitará no porto dos mares, e será como porto dos navios, e o seu termo será para Sidom.
  • Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos.
  • E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.
  • Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel.
  • Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
  • A tua salvação espero, ó Senhor!
  • Quanto a Gade, uma tropa o acometerá; mas ele a acometerá por fim.
  • De Aser, o seu pão será gordo, e ele dará delícias reais.
  • Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas.
  • José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.
  • Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram.
  • O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel).
  • Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.
  • As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.
  • Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã comerá a presa, e à tarde repartirá o despojo.

A tribo de Judá – desde o patriarca Jacó – é prometida uma sequência ininterrupta para o povo judeu. Isso vem se cumprindo maravilhosamente bem na história da humanidade. Não existe nação na história que sofreu mais perseguição, que sofreu mais tentativa de genocídio. Não obstante a tudo isso, os judeus ainda vivem em nosso meio e são uma nação diante dos nossos olhos. O governo nunca se arredou de Judá, de onde viria inclusive “Siló”, o CRISTO, o MESSIAS de Judá. Por isso, essa tribo foi preservada como a menina dos olhos do SENHOR.

Houveram várias tentativas de exterminar esse povo. Satanás tentou exterminar o povo judeu no tempo da Rainha Ester, sobre a acusação e a instigação de Hamã tentando levar o povo judeu a extinção. O ódio de Satanás contra os judeus na história da humanidade sempre foi grande. Isso porque Satanás sabia que, se ele conseguisse destruir esta nação (estes descendentes judeus), ele conseguiria tornar a palavra de DEUS mentirosa, bem como as profecias dos patriarcas e dos profetas um engodo. Por isso, essas várias tentativas de Satanás em destruir e aniquilar totalmente os judeus.

Posteriormente, vemos na Segunda Guerra Mundial, o levante de Hitler contra os judeus instigado por Satanás vindo das trevas do abismo. Hitler era orientado por feiticeiros e bruxos. Ele lê algumas coisas escritas por uma bruxa russa acerca da purificação das raças, onde estava escrito que o povo judeu deveria ser destruído, criando em Hitler um ódio muito grande contra os judeus. Diz a história que um dos professores de Hitler era judeu, por isso ele cria esse ódio contra os judeus.

Ao assumir o poder Hitler vai conceber o plano mais maligno, a dança mais funesta das trevas na história da humanidade: a tentativa da extinção de todos os judeus, um por um, levados a fornos em campos de concentração. Esses campos de concentração mataram cerca de 6 milhões de judeus na Europa. Se este plano não tivesse sido impedido pelas nações ocidentais (como os Estados Unidos), certamente os judeus teriam sido extintos. Sobraram apenas um terço dos judeus.

Posteriormente a Segunda Guerra Mundial, vamos ter a formação da nação judia em Israel. A formação dessa nação prova que “o cetro não se desviaria de Judá”. Estas bençãos proféticas demostram seu cumprimento na história.

A tribo de Dã é uma tribo peculiar de guerreiros. Nos lugares em que eles conseguem vitórias, eles colocam suas marcas e deixam seus rastros. Esse detalhe é importante para identificarmos a tribo de Dã nos últimos dias. Algumas dessas tribos não são mencionadas no livro de Apocalipse e isso tem uma explicação, a qual estaremos abordando nos estudos futuros parte II e III.

Site:  http://igrejadedeus.com.br/  Contato: flavioschmidt2018@gmail.com

Este material faz parte do Discipulado do Canal Evangelista Flávio, para vídeos com mais estudos, acesse: https://www.youtube.com/channel/UCeVoCTqEOXMoCUkSAUpN2ig/videos

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O anticristo desmascarado https://igrejadedeus.com.br/o-anticristo-desmascarado/ https://igrejadedeus.com.br/o-anticristo-desmascarado/#respond Wed, 21 Jun 2023 21:26:53 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=86

Nos dias atuais muito se especula sobre quem seja o Anticristo.

Muitos movimentos de tempos em tempos apontam figuras pautadas em sua particular interpretação, esquecendo do que o próprio Apóstolo Pedro diz em sua epístola:

20 – Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal,
21 – pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.

2 Pedro 1:20-21

Disponibilizamos um Ebook totalmente gratuito para sanar essa dúvida. Um estudo pautado totalmente na Bíblia e nos fatos históricos para desvendar quem seja o Anticristo.

Basta clicar no botão abaixo para fazer o download do Ebook. Deus abençoe você grandemente.

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Antiga inscrição pode mudar perspectiva de judeus sobre o Messias https://igrejadedeus.com.br/antiga-inscricao-pode-mudar-perspectiva-de-judeus-sobre-o-messias/ https://igrejadedeus.com.br/antiga-inscricao-pode-mudar-perspectiva-de-judeus-sobre-o-messias/#respond Tue, 20 Jun 2023 18:11:23 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=363 Pesquisador acredita que material já era conhecido nos tempos de Jesus Um respeitado erudito israelense e professor da Universidade Hebraica tem defendido uma tese intrigante e convincente, que oferece uma noção claramente judaica sobre o que esperar do Messias. Além de morrer como um “servo sofredor” como uma expiação pelos pecados e a redenção de Israel, ele deveria ressuscitar dos mortos no terceiro dia. Além de seus muitos anos de pesquisa sobre a Tanach [Antigo Testamento], o Dr. Israel Knohl mais recentemente analisou evidências arqueológicas que incluíam um rolo do Mar Morto que não fora anteriormente estudado. Sua conclusão é que a ideia do Messias ressuscitar no terceiro dia não é um conceito cristão, como muitos rabinos afirmam. De fato, não existe nenhuma passagem do Antigo Testamento que diga explicitamente isso. O caso foi levantado pela primeira vez quase 10 anos atrás, em um artigo no New York Times sendo mais recentemente retomado pelo periódico Biblical Archeology Review. O registro em questão é uma pedra com cerca de um metro, contendo 87 linhas de uma forma de hebraico que os estudiosos acreditam ser de décadas antes do nascimento de Jesus. O material causou agitação nos círculos bíblicos e arqueológicos, porque se trata do único registo falando sobre um messias que iria ressuscitar dos mortos após três dias. Se fosse aceita pela comunidade rabínica, essa descrição messiânica forçaria uma reavaliação sobre as visões populares e acadêmicas de Jesus. Afinal, sugere que a história da morte e ressurreição de Jesus estaria dentro do contexto de uma tradição judaica reconhecida nos dias em que viveu. A peça tem peculiaridades, sendo um raro exemplo de uma pedra escrita com tinta e não entalhada. Em essência, ela é considerada um pergaminho do Mar Morto, embora seja de outro material, a exemplo dos rolos feitos de cobre. Segundo os eruditos, ela é conhecida como “Revelação de Gabriel” porque uma antiga tradição aponta que o anjo Gabriel teria transmitido a instrução de Deus sobre o assunto. A peça arqueológica faz parte de uma coleção particular, do suíço David Jeselsohn e não tem o reconhecimento da Autoridade de Antiguidades de Israel. O Dr. Knohl já publicou um livro sobre o assunto chamado “O Messias Antes de Jesus: O Servo Sofredor nos Pergaminhos do Mar Morto”. No livro, ele explica as várias teorias judaicas sobre o Messias, incluindo a ideia de um “Messias filho de Davi”, que seria um rei reinante na terra como Davi e um “Messias filho de José” que seria rejeitado por seus irmãos, maltratado, deixado para morrer, mas reapareceria para salvar não só a nação de Israel, mas todo o mundo como José fez no livro do Gênesis. Como base de seu argumento para os cristãos, Knohl usa o texto de I Coríntios 15:3-4, que diz: “[Cristo] morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras, e que Ele foi sepultado, e que ressuscitou no terceiro dia segundo as Escrituras”. Também aponta para profecias descritas em Isaías 53, em Daniel 9: 26 e o Salmo 22.
Tradução: Mário Moreno. Fonte: https://shemaysrael.com/ ]]>
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Todos os Olhares se voltarão para Jerusalem! https://igrejadedeus.com.br/todos-os-olhares-se-voltarao-para-jerusalem/ https://igrejadedeus.com.br/todos-os-olhares-se-voltarao-para-jerusalem/#respond Fri, 12 Sep 2014 16:57:19 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=230 Videos relacionados.

VEja Tambem
Estas são as últimas notícias:
Criação do Estado Palestinense tendo como capital a parte oriental da cidade de Jerusalém,
Votação na ONU em Setembro de 2011 para Criação do Estado palestinense e a resolução 242 em que exige de Israel a volta aos limites antes da guerra de 6 dias em 1967, incluindo a devolução da metade oriental da Cidade de Jerusalém, conhecida como a velha Jerusalem.

Cuba reitera apoio ao reconhecimento da Palestina independente

Havana, 5 ago (EFE).- Cuba reiterou seu apoio ao reconhecimento do Estado palestino independente na reunião que mantiveram nesta sexta-feira em Havana os ministros das Relações Exteriores da ilha, Bruno Rodríguez, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riad al-Maliki, informou a televisão estatal cubana.

O chanceler cubano reiterou o “apoio irrestrito de Cuba ao povo palestino em sua histórica luta pelo direito inalienável de exercer sua livre determinação e alcançar a soberania em um Estado independente”.

Por sua parte, Riad al-Maliki disse que sua visita inscreve-se nas ações que a ANP vem realizando “para promover o reconhecimento do Estado da Palestina por parte dos países-membros das Nações Unidas”.

O ministro palestino também agradeceu pelo “apoio incondicional” de Cuba nos longos anos de luta do povo palestino.

Participaram do encontro membros da delegação que acompanha Maliki em sua visita a Cuba e autoridades da Chancelaria da ilha caribenha.

Está previsto que em setembro a ANP solicitará à Organização das Nações Unidas (ONU) o reconhecimento do Estado palestino como membro de pleno direito, durante a realização do 66º período de sessões da Assembleia Geral.

O plano da ANP é que o maior número possível de países reconheça o Estado palestino com as fronteiras que havia com Israel em 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.

 
(Grifo Meu)
O Profeta Joel (3:1-3) e Zacarias, ambos falam a respeito disto, mas detalhadamente o profeta Zacarias no capitulo 14:1-4

Eis que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos se repartirão no meio de ti.

Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade.

E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha.

E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.

 

Outras Noticias recente:

Israel aprova construção de mais 1.600 casas em Jerusalém Oriental

Expansão de assentamentos judeus é um dos entraves nas negociações de paz. Vice-presidente americano visita o país para ajudar nas conversações

Israel aprovou a construção de mais 1 600 casas para judeus em Jerusalém Oriental, medida que deve dificultar a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao país, cujo objetivo é apoiar a retomada das conversações de paz no Oriente Médio.

O Ministério do Interior anunciou os planos de construção enquanto Biden estava iniciando uma série de reuniões com líderes israelenses.

O vice-presidente norte-americano condenou a aprovação para as novas construções e disse que o anúncio prejudica o processo de paz que os Estados Unidos tentam retomar. Biden disse que o anúncio é “precisamente o tipo de medida que prejudica a confiança necessária neste momento e vai contra as discussões construtivas que tive em Israel”. Ele disse que israelenses e palestinos precisam construir uma atmosfera de apoio às negociações e não complicá-las.

Pouco antes, o porta-voz do presidente Barack Obama, Robert Gibbs, condenou o anúncio da Casa Branca.

As relações entre Israel e o governo de Barack Obama têm sido frias exatamente por causa da questão dos assentamentos. Os Estados Unidos, assim como os palestinos e o restante da comunidade internacional acreditam que os assentamentos israelenses construídos em terras reclamadas pelos palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, prejudicam o processo de paz. Obama tem falado mais abertamente sobre a questão do que seus antecessores.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu tem recusado os pedidos da Casa Branca para interromper as atividades nos assentamentos, concordando apenas em um congelamento limitado que não inclui Jerusalém Oriental.

Israel considera Jerusalém Oriental e as redondezas como parte de uma capital indivisível, mas a anexação nunca foi reconhecida internacionalmente e as áreas ao redor são vistas como assentamentos.

 
O IMPASSE ESTA CRIADO!
O impasse esta criado entre o Mundo e o Estado de Israel por causa da cidade de Jerusalém. Este impasse já foi profetizado a largos anos atras pelo profeta Zacarias 12:1-3

Peso da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.

Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém.

E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados;e ajuntar-se-ão contra ela todo o povo da terra.

 
ESTAMOS NOS MOMENTOS FINAIS DESTE SISTEMA DE COISAS?
O Senhor Jesus em seu sermão profético diz para atentarmos para a PARÁBOLA da FIGUEIRA!
Mateus 24:32Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.

Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão. Marcos 13:28Israel foi rejeitado por causa de seus pecados para ser castigada como previsto pelos profetas, como disse Jesus mesmo, para que se cumpra tudo que esta escrito

Lucas 21:21-24

 

Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela.

Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.

Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias! porque haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo.

E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.

Paulo também confirma estas mesmas palavras em Romanos 11:25,26

Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.

E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.

OBS: Este endurecimento e rejeição vai até completar a plenitude dos gentios (nações).Jesus em seu ato de fazer a figueira secar estava predizendo isso.E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.

E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto. Marcos 13:11,12

 

Porem em seu sermão profético prediz que a figueira dá seus primeiros ramos e frutos. ( Mt 24:32). Este acontecimento aponta para o fim deste sistemas de Coisas a proximidade da volta do Senhor para implantar seu reino de mil anos sobre a terra e reinar sobre as nações e sobre as tribos restauradas da Casa de Israel ( Mt. 19:28, Apoc. 2:25-27, Zacarias 14:9)

 

 
A FIGUEIRA É SIMBOLO DE ISRAEL.
Jeremias 8:13-14

Certamente os apanharei, diz o SENHOR; já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; e o que lhes dei passará deles.

Por que nos assentamos ainda? Juntai-vos e entremos nas cidades fortificadas, e ali pereçamos; pois já o SENHOR nosso Deus nos destinou a perecer e nos deu a beber água de fel; porquanto pecamos contra o SENHOR.

OBS: Existem varias passagens que comparam em forma de parábola Israel a figueira.

 

CONCLUSÃO

A importância de discernir os acontecimentos atuais pela profecia, sabendo entender pela luz profética ( II Pd 1:18). A Igreja não esta em trevas para que aquele dia a surpreenda como ladrão ( I Tess cap 5). É evidente o papel profético de Israel no entendimento das profecias, negar isso é andar em trevas e não saber discernir a face do tempo. Israel em seus dias foi rejeitado grande parte dos seus lideres pela cegueira e porque não souberam entender o dia da sua visitação, não souberam discernir a face do tempo, igualmente nos dias de hoje muitos serão pegos de surpresa porque não souberam discernir a face do tempo e tropeçaram na palavra dos profetas da Bíblia! Vigiemos pois e vamos encher nossas lamparinas do azeite e do poder de Deus, buscando a vida eterna na palavra de Deus.
Artigo escrito e composto por:

 Evangelista Flavio Schmidt

Copyright “©” Igreja de Deus do Sétimo Dia, Movimento Congregacional.

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Um estudo sobre o nome de Jesus. Sagrado ou blasfêmia? https://igrejadedeus.com.br/um-estudo-sobre-o-nome-de-jesus-sagrado-ou-blasfemia/ https://igrejadedeus.com.br/um-estudo-sobre-o-nome-de-jesus-sagrado-ou-blasfemia/#respond Sat, 08 Mar 2014 18:10:36 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=361

   1.     Nova Luz Sobre o Nome do Altíssimo.

Recentemente um grupo de irmãos de uma congregação  foi surpreendido com uma “nova luz” acerca do verdadeiro nome do nosso Salvador. De acordo com esta nova compreensão, para nos referirmos ao Salvador não devemos utilizar o nome “Jesus”, mas sim a forma original hebraica Yeshua (no hebraico צשי) ou a forma mais arcaica Yehôshua (do hebraico צשרהי), comum no período anterior ao exílio babilônico.

Os defensores desta nova luz argumentam que a forma latina Iesus ou Jesus é resultado de uma das muitas adulterações da Vulgata (tradução da Bíblia para o latim feita por Jerônimo no final do século V). Jerônimo teria concebido esta variação do nome do Salvador através da combinação de nomes da mitologia pagã. O nome “Jesus” seria a combinação de J (do deus romano Júpiter) e ESUS (um dos deuses da mitologia Celta).

Outro argumento contra o nome “Jesus” é que ao tomarmos a versão latina Iesus e dividirmos o nome em duas partes “Ie” e “Sus”, traduzindo separadamente cada parte para o hebraico teremos uma blasfêmia. Em hebraico Ie significa “Deus” e Sus significa “Cavalo”. Portanto, ao nos referirmos ao Salvador usando o nome “Jesus”, cuja raiz é Iesus, na realidade estaríamos chamando nosso Salvador de “Deus Cavalo” o que seria uma terrível blasfêmia. Segundo os defensores desta nova luz, quando alguém chama o Salvador de “Jesus” está cumprindo a profecia de Isaías 52:5: “… e o meu nome é blasfemado incessantemente todo dia”.

1.1     Impactos Desta Nova Luz na Congregação

Após receber esta “nova luz”, muitos irmãos desta congregação se sentiram culpados por ter blasfemado o nome do Salvador durante tanto tempo. Decidiram, então, mudar de atitude e jamais blasfemar novamente chamando o querido Salvador de “Deus Cavalo”, ou seja, “Jesus”.

O primeiro impacto prático da “nova luz” foi sentido no término de cada oração. Os irmãos não mais terminavam suas orações pedindo em “nome de Jesus”, mas sim em nome de Cristo ou em nome do Salvador. Alguns mais desinibidos arriscavam orar em nome de Yeshua. Como esta última forma soava como “em nome de Exu”, a preferência foi dada à forma arcaica Yehôshua. Os que ainda não estavam inteiramente convencidos da nova luz obviamente não oravam em nome de Yehôshua, mas para não escandalizar os demais irmãos, evitavam orar em nome de Jesus.

O segundo impacto foi sentido na área da música. No momento da escolha dos hinos, os que mencionavam o nome “Jesus” eram evitados e quando não era possível evitar, alguns membros da congregação substituiam a menção do nome “Jesus” pelo original “Yeshua”, “Yehôshua” ou “Cristo”. Houve sugestões para que fosse confeccionado um hinário especial substituindo o nome “Jesus” por suas variantes em hebraico.

Para saber qual seria o terceiro e grande impacto prático desta “nova luz” sobre a congregação imagine-se ministrando o estudo bíblico sobre a Bíblia para um interessado. Neste estudo, que em geral é o primeiro da série, você diz que a Bíblia é a Palavra de Deus e, portanto, o fundamento de todas as doutrinas defendidas pelos igreja de Deus. Você também garante ao interessado que todos os assuntos estudados daquele momento em diante terão base bíblica. Imagine-se agora explicando ao seu aluno que o verdadeiro nome do Salvador não é “Jesus”, mas sim “Yeshua”. Ele certamente perguntará: “Mas então por que na Bíblia está escrito Jesus?” Neste momento você responde que isso foi uma das muitas adulterações feitas por Jerônimo. Certamente o aluno seria desestimulado de continuar a séria de estudos. Afinal de contas, vale a pena estudar doutrinas que foram fundadas em base tão arenosa, com milhares de adulterações? Se a Bíblia sofreu milhares de adulterações, como podemos fundamentar nossas doutrinas sobre ela?

O terceiro e grande impacto desta “nova luz” seria inevitavelmente imprimir uma nova Bíblia substituindo esta adulteração de Jerônimo pelo nome original em hebraico do Salvador. Mas considerando que esta não foi a única adulteração de Jerônimo, que tal se antes da impressão da “Nova Bíblia” fosse feita uma revisão completa na Palavra de Deus e fossem retiradas todas as suas adulterações (ou pelo menos boa parte delas)? Quem sabe alguns evangelhos apócrifos que foram injustamente omitidos pelos pais da igreja católica pudessem ser incluídos… O que você acha dessa idéia? Que tal uma nova Bíblia?

1.2.     O Argumento Mitológico e o “Deus Cavalo”

Segundo esta “nova luz”, o nome Jesus é uma composição de dois nomes de deuses da mitologia pagã: “J” (de Júpiter, um deus Romano) e “Esus” (um deus da mitologia Celta). Jerônimo teria feito esta composição para agradar os pagãos e trazê-los para o cristianismo. Mas uma análise mais profunda sobre esta argumentação demonstrará que ela não tem o mínimo fundamento.

Primeiro, há pouco registro na literatura da mitologia sobre o deus celta Esus e não há qualquer evidência de que ele fosse conhecido no império Romano. Os deuses mais conhecidos eram os deuses da mitologia grega e romana, não os da mitologia celta.

Segundo, por que o J significa Júpiter? Por que não Juno, filha de Saturno e irmã de Júpiter? Por que o J não significaria Jacinto, um jovem de rara beleza que amou e foi amado por Apolo? Por que o J não é de Jumata, deus da mitologia Fino-Húngara, que era o Deus do Céu e do Trovão? Enfim, por que o J de Jesus é o mesmo J de Júpiter e não das outras dezenas ou centenas de personagens e deuses mitológicos que começam com a letra J? Outra questão relevante: Por que dissociar a letra J da letra E? Por que usar na composição do nome Jesus um deus desconhecido dos romanos (Esus)?

Terceiro, a lista de deuses e personagens mitológicos é imensa. Dada qualquer sílaba, não é difícil encontrar personagens da mitologia cujo nome inicia com esta sílaba. Vamos citar alguns exemplos compondo alguns nomes próprios através da primeira sílaba do nome de alguns deuses e personagens mitológicos:

Mário = MAR (Marte, deus romano da Guerra) + IO (Io, Sacerdotisa de Juno)

Kelli = KEL (Kelpi, espírito dos Rios na mitologia escocesa) + LI (Licasto, cruel filho de Marte que vivia na Líbia)

Maria = MAR (Marduk, Deus supremo de Babilônia) + IA (Ia, uma das filhas de Atlas)

Luis = LU (cifer, estrela matutina, filha de Júpiter) + IS (Ísis, deusa egípcia, esposa de Osiris)

Silvia = SIL (Silvano, filho de Saturno, Deus das Florestas) + VIA (Viales, divindade que presidia as estradas)

Nelson = NEL (Neleu, filho de Netuno) + SON (Sono, filho de Érebo que habita numa sombria caverna rodeado de Sonhos, que são divindades infernais com asas de morcego)

Ricardo = RI (Richs, na mitologia Hindu, é um dos seres de uma santidade perfeita que redigiram os Vedas, livros sagrados dos Hindus, sob a revelação divina de Brahma, deus criador dos Hindus) + CAR (Carvatis, sobrenome de Júpiter) + DO (Domitio, deus que os pagãos invocavam nos casamentos, para que a noiva fosse uma zelosa dona de casa)

Perceba que há inúmeras possibilidades de compor nomes próprios usando a primeira sílaba de deuses e personagens mitológicos. Mas quando tentamos encontrar uma combinação para o nome “Jesus”, encontramos problemas na segunda sílaba “sus”, pois não há nenhum deus ou personagem mitológico que comece com “sus”. Portanto, para dar certo a combinação, dividiram de propósito as sílabas do nome Jesus da seguinte forma: j-esus. Claramente uma manobra premeditada para associar o nome de Jesus a divindades mitológicas (assim como fizemos nos exemplos acima).

Portanto, alegar que a intenção de Jerônimo ao denominar o Salvador de Iesus era compor o nome de Júpiter e Esus não parece ter qualquer fundamento histórico ou lógico.

Da mesma forma, dividir a palavra “IESUS” em duas partes e traduzir cada parte para o hebraico a fim de dar um significado novo à palavra é um artifício sem qualquer fundamento e não prova absolutamente nada. Uma palavra pode ter vários significados em um idioma. Manga, por exemplo, pode significar a fruta produzida pela mangueira e a parte da camisa que cobre os braços. Mas “manga” em outros idiomas tem, obviamente, outros significados. Em japonês, por exemplo, “manga” (pronuncia-se mangá) é revista em quadrinhos (o nosso gibi). Interpretar nomes ou pedaços de nomes em outros idiomas com o objetivo de conseguir atribuir novos significados para o nome original, não parece fazer qualquer sentido, a única coisa que se consegue são resultados absurdos. Poderíamos brincar com alguns nomes dividindo-os em duas partes e traduzindo cada parte para algum outro idioma. Por exemplo, vamos tomar o nome Nilson e dividi-lo e duas partes: Nil (significa “novo” em inglês – escreve-se new e pronuncia-se nil) + Son (significa “filho” em inglês). Nilson significaria, então, “novo filho” ou “o filho mais novo”. Podemos dividir o nome Selma e traduzir cada parte para o inglês. Sel significa vender (escreve-se sell, pronuncia-se sel) e Ma é uma forma arcaica na língua inglesa de se referir à mãe. Teríamos, então, o estranho significado de “Mãe à Venda”, por exemplo. Se fossemos levar a sério tal manipulação das palavras, jamais comeríamos maionese Hellmans pois Hell, em inglês, significa “Inferno” e Man significa “Homem”. Então a palavra Hellmans poderia ser compreendida como “Homens do Inferno”! Basta ter criatividade, tempo e conhecer alguma língua estrangeira para conseguir outros exemplos absurdos. A experiência nesta brincadeira mostra que quanto menor for o nome (de preferência de duas sílabas) mais fácil será encontrar um significado absurdo ou engraçado para ele através da divisão do nome e tradução de cada parte. Foi desta forma que tomaram o nome de Jesus em latim (IESUS), dividiram-no em duas partes (IE + SUS), e traduziram cada parte para um outro idioma, o hebraico, e a partir de então afirmaram que Jesus significa “Deus Cavalo”. No mínimo, uma brincadeira de muito mau gosto.

1.3.     Como Traduzir Corretamente o Nome do Salvador?

Neste ponto, muitos estão se perguntando qual seria a tradução correta do nome Yehôshua (צשרהי) ou Yeshua (צשי) para a língua portuguesa. Na realidade nomes próprios não se traduzem. Não se traduz Bill Gates (do inglês) para Guilherme Portões em português. Também não se traduz Michael Jackson para Miguel Filho de Jacó. Também é errado simplesmente escrever um nome em português da forma como ouvimos em inglês: “Maicou Djéquisson”, por exemplo, seria uma aberração! O nome deve ser mantido da forma como se escreve no original e, na medida do possível, deve-se manter a pronúncia da língua original.

Então isto significa que quando formos escrever o nome do Salvador devemos simplesmente escrever צשרהי? É lógico que não! Quando a língua original do nome próprio usar um conjunto de caracteres diferente do nosso, então se processa o que chamamos de transliteração. Transliteração é a “tradução” letra por letra (ou fonema por fonema) de um conjunto de caracteres para outro. Idiomas como o inglês, espanhol e italiano usam o mesmo conjunto de caracteres que o português (A, B, C, etc…), portanto não há transliteração entre palavras destes idiomas; mas idiomas como o árabe, japonês e grego usam outros conjuntos de caracteres. Nestes casos utilizamos a transliteração para podermos representar em nosso conjunto de caracteres nomes próprios escritos originalmente em outro conjunto de caracteres.

As regras de transliteração não são complicadas. Vamos tomar como exemplo o conjunto de caracteres gregos: α (alfa), β (beta), γ (gama), δ (delta), e assim por diante. Numa transliteração de nomes escritos com caracteres gregos, cada letra grega é substituída por uma letra do conjunto de caracteres latinos. Por exemplo, a letra α (alfa) seria transliterada para a letra “A”, a letra β (beta) seria transliterada para a letra B, e assim por diante.

Como Jerônimo transliterou o nome do Salvador do original grego para o latim? (Sobre o original do Novo Testamento ter sido escrito em grego, consulte o subtítulo “Novo Testamento em Hebraico ou Grego?”)

No original grego o nome do Salvador está escrito da seguinte forma: Ιησους. Veja nesta figura o trecho de Filipenses 2:11 escrito em grego. O nome do Salvador está em destaque:

Vamos agora transliterar o nome Ιησουςpara o conjunto de caracteres latinos.

Letra Grega

Nome da Letra Grega

Letra Latina Correspondente

Ι

Iota

I

η

Eta

E

σ

Sigma

S

ο

Ômicrom

O(*)

υ

Upsilon ou Ípsilon

U

ς

Sigma (**)

S(**)

(*) No grego o ditongo ου (ou) pronuncia-se u.

(**) Ambas σ e ς são representações válidas da letra grega sigma.

Dai notamos que o nome “Jesus” é resultado da transliteração pura e simples do original grego Ιησους (pronuncia-se Iesus), contradizendo a hipótese de que o nome “Jesus” originou-se através de uma tentativa mal intencionada de Jerônimo no século V.

Para definitivamente remover qualquer dúvida sobre o assunto, basta consultar a versão Septuaginta (LXX), uma tradução do Velho Testamento feita por setenta mestres judeus no segundo século antes de Cristo. Eles traduziram o Velho Testamento do hebraico para o grego a fim de atingir os judeus da dispersão. (Lembre-se que o grego era a língua mais falada no império Romano). Nesta versão o nome de Josué, que em hebraico se escreve Yehôshua (צשרהי), foi transliterado para o grego exatamente da mesma forma que o nome de Jesus no Novo Testamento, ou seja, Ιησουσ (Iesus). (Lembre-se que σ e ς são equivalentes)

Trecho do Livro de Josué 1:10-12 na Septuaginta

Os sábios judeus transliteraram a letra hebraica ש (shin) para a letra grega σ (sigma). A transliteração de “shin” para “sigma” foi feita em outros casos. Veja a tabela abaixo:

Nome em Português

No Hebraico

Transliteração na LXX

Transliteração para caracteres latinos

Esaú

דשע (`Esav)

esαn

Esau

Sete

םש (Shen)

shq

Seth

Moisés

השמ (Mosheh)

mwushs

Moises

Isaías

היעשי (Yeshayah)

hsαiαs

Esaias

Oséias

עשדה (Howshea)

wshe

Hosee

Analisando os exemplos acima, podemos perceber que os sábios judeus que traduziram o Velho Testamento para o grego transliteraram a letra hebraica shin (ש) para a letra grega sigma (s). É importante ressaltar que na transliteração de um conjunto de caracteres para outro, nem sempre a pronúncia original é mantida. Isto ocorre porque nem todos os fonemas de um idioma têm representação gráfica e podem ser devidamente pronunciados em outro idioma.

Da análise destes fatos concluímos que a forma Ιησους (Iesus ou Jesus) é totalmente adequada para nos referirmos ao nosso Salvador e nada há de blasfêmia colocada por Jerônimo.

1.4.     Novo Testamento em Hebraico ou Grego?

Os defensores da nova luz de Yeshua sabem perfeitamente que a transliteração do nome do Salvador do alfabeto grego para o alfabeto latino é Iesus ou Jesus. Por esta razão argumentam que o Novo Testamento foi originalmente escrito em hebraico e não em grego.

Tal hipótese, no entanto, não é aceita pelos historiadores, arqueólogos, teólogos ou qualquer outra pessoa que conheça a evolução da cultura greco-romana. O aramaico, língua em que Jesus pregou, é derivada do hebraico e era falada apenas em Jerusalém. O grego era a língua mais difundida no Império Romano na época de Cristo. A enciclopédia Barsa diz o seguinte sobre a Bíblia e Novo Testamento:

“Jesus, cuja doutrina e pregação está contida nos livros do Novo Testamento, pregara em aramaico, língua em que, certamente, pregaram inicialmente os apóstolos e discípulos. Sua mensagem, entretanto, foi escrita em grego, língua do Oriente helenizado da segunda metade do primeiro século de nossa era. Não era o grego clássico ou ático, mas a língua comum koiné”.

A “Grande Enciclopédia Larousse Cultural”, comentando o verbete “Bíblia”, faz a mesma afirmação:

“O conjunto dos livros cristãos do Novo Testamento, escrito em grego, compreende os quatro Evangelhos, os Atos dos apóstolos, as Epístolas de São Paulo, São Tiago, São Pedro, São João e São Judas e o Apocalipse”.

Devemos lembrar que o “hebraico puro” do Velho Testamento não era mais falado pelo povo na época de Cristo. Apenas os doutores da lei dominavam o conhecimento desta língua (assim como alguns padres ainda dominam o latim, uma língua morta). É simplesmente inconcebível admitir e defender a hipótese de que Paulo, ao escrever aos Filipenses, Tessalonicenses, Colossenses, Gálatas e Efésios, tenha usado a língua hebraica. Filipos, Tessalônica, Colossos, Galácia e Éfeso eram regiões onde se falava o grego.

Muitos anos antes de Cristo, o grego já era a língua mais falada no Império Romano. A dispersão dos Judeus por toda extensão do Império Romano justificou a elaboração da Septuaginta – tradução do Velho Testamento para a língua grega. Comentando sobre a Septuaginta e sobre o período que antecedeu a primeira vinda de Cristo,

1.5.     Qual é o Verdadeiro Objetivo Desta “Nova Luz”

Por trás de um assunto aparentemente sem importância está oculta uma das mais sutis armadilhas de Satanás. Ao aceitarmos esta “nova luz” sem nenhuma análise ou questionamento, estamos também colocando em dúvida toda a integridade Palavra de Deus. Note que os defensores desta “nova luz”, em geral, afirmam que esta suposta adulteração feita por Jerônimo não foi a única – houve inúmeras, talvez milhares delas em todo o Livro Sagrado, alegam eles. A partir daí, passamos a questionar não apenas o nome “Jesus”, mas todo o Livro Sagrado. Porventura este livro conteria mais blasfêmias e adulterações colocadas pelos pais da igreja católica? A Bíblia que temos em nossa mão é digna de confiança ou precisa de alguns acertos?

Perceba a forma astuta e sutil através da qual Satanás tenta golpear a Palavra de Deus. Num momento em que o remanescente fiel se agrega para pregar uma reforma espiritual, Satanás sugere uma reforma que supostamente seria a maior e mais importante de todas: A Reforma da Bíblia! “Vamos reformar o que está errado na Bíblia. E que tal se começarmos omitindo o detestável nome de Jesus?”, propõe o inimigo. Em apenas um golpe Satanás tenta ferir seus dois maiores e mais poderosos inimigos: A Palavra de Deus e o Nome de Jesus. Ambos têm muito poder e têm sido um enorme incômodo para o adversário das almas ao longo de séculos.

“Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos Teus servos que falem com toda a ousadia a Tua Palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do Teu santo Filho Jesus”. Atos 4:29 e 30.

Os conceitos espirituais expressos na Bíblia são eternos; os princípios apresentados neste livro refletem o maravilhoso e perfeito caráter de Deus. No entanto, a linguagem humana é imperfeita e extremamente limitada para expressar tamanha grandeza. Além disso, sempre que uma obra, escrita num determinado contexto cultural e histórico, é traduzida para outro idioma com o objetivo de atingir pessoas que vivem em outro contexto, não há como negar que pode haver prejuízo na facilidade de compreensão. Levando em conta tais considerações, não vamos ser ingênuos a ponto de acreditar que a Bíblia, por si só, escrita em linguagem humana, tem perfeição absoluta. De fato, não tem. Se a linguagem humana é imperfeita, como que a Bíblia, escrita em linguagem humana, seria perfeita?

É neste momento que entra a obra do Espírito Santo. É Ele quem nos ilumina na compreensão da Palavra de Deus e nos torna “perfeitamente habilitados para toda boa obra”. Apesar desta imperfeição decorrente da utilização de linguagem humana e de eventuais dificuldades de compreensão decorrentes da diferença cultural, não podemos afirmar que a Bíblia sofreu milhares de adulterações e contém em si blasfêmias introduzidas por Roma que, caso não sejam reformadas, poderão levar seus leitores à perdição. Isto seria um absurdo! Seria duvidar do poder do Espírito Santo que inspirou e, ao longo de séculos, preservou Sua Palavra.

 

Cabe a todos nós o mesmo conselho de Paulo ao jovem Timóteo:

“Como te roguei, quando partia para a Macedônia, que ficasse em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinassem doutrina diversa, nem se preocupassem com fábulas ou genealogias intermináveis, pois que produzem antes discussões que edificação para com Deus, que se funda na fé. Mas o fim desta admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida, das quais coisas alguns se desviaram, e se entregaram a discursos vãos, querendo ser doutores da lei, embora não entendam nem o que dizem nem o que com tanta confiança afirmam.” – I Tim. 1:3-7

Que as fábulas, mitologias, e novas luzes não nos façam rebaixar aquilo que Deus exaltou:

“Pelo que também Deus O exaltou soberanamente e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos Céus, e na Terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” – Filip. 2:9-11.

Que cada servo fiel possa glorificar o nome do seu Salvador não apenas em palavras, mas através de atos de fé semelhantes aos de Jesus:

Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé. Para que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. – II Tes. 1:11 e 12.

por: Ricardo Nicotra.

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A história da doutrina da trindade. https://igrejadedeus.com.br/a-historia-da-doutrina-da-trindade/ https://igrejadedeus.com.br/a-historia-da-doutrina-da-trindade/#respond Thu, 20 Feb 2014 18:09:45 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=359
Deus Pai? Deus Filho? Deus Espírito Santo? Três deuses numa pessoa, ou três pessoas num Deus? Como se chegou ao conceito trintariano que conhecemos hoje?

 

A mais estranha doutrina das igrejas cristãs é a Trindade. Segundo o conceito trinitário, Deus é uma combinação de três pessoas num só deus. E apesar da ferrenha discussão cristológica nos primeiros séculos do cristianismo, quase dois mil anos depois ainda não se chegou a um termo claro, por isso, persiste um ar de “mistério”. A doutrina da Trindade não tem origem nos ensinamentos da igreja primitiva. Ela se desenrolou a partir da morte dos primeiros apóstolos até sua “completa” formulação no Concílio de Constantinopla. Este artigo é um resumo dos principais momentos de sua história.

Século I, os primeiros desvios

A base para a formulação da doutrina da Trindade já se manifestava nos tempos apostólicos. O apóstolo João em sua Primeira Epístola, capitulo 4 e versos 2 e 3, diz: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus; e todo o Espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus, mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”. Apesar deste verso tratar, dentro de seu contexto, da presença do espírito de Deus na vida do crente, é um indício de que nos tempos do Apóstolo João haviam homens com outras interpretações quanto às características do filho de Deus. Estes argumentavam que Jesus não viera em carne, ou seja, não era nascido de mulher. Ideias como essa permearam a grande discussão cristológica que se seguiu nos próximos séculos, a qual na tentativa de glorificar o filho de Deus, acabou por atribuir-lhe características pertencentes somente a Deus.

Século II, a cristologia de Tertuliano: Cristo é definido como Deus e igual ao Pai

A partir da morte dos apóstolos — João foi o último a morrer, diz-se que morreu por volta do ano 100 — no início do segundo século, surge Inácio de Antioquia. Ele saudava a igreja de Roma nos seguintes termos: “Jesus Cristo, nosso Deus”. Apesar de Inácio não identificar Cristo com Deus, na maioria das igrejas do II século, pairava o pensamento de que: “Fora o Espírito quem inspirara a profecia do Antigo Testamento. Fora ele quem guiara os escritores do Novo Testamento. Para o pensamento cristão do começo do século II, havia uma diferenciação entre o Espírito Santo e Cristo, mas eram ambos considerados Deus. Isso é evidente na fórmula batismal trinitária, que, a essa época, já estava substituindo as outras fórmulas mais antigas, em nome de Cristo. Ao fim do século I e começo do século II, as fórmulas trinitárias já eram de uso frequente,” diz o historiador da religião W. Walker.  E completa dizendo que entre os anos de 170-235 foi introduzido no credo de Roma as três perguntas aos candidatos ao batismo: “Crês em Deus Pai Onipotente? Crês em Jesus Cristo, o filho de Deus,… ? Crês no Espírito Santo,…?”

A cristologia de Tertuliano antecipou a decisão que chegou o Concílio Niceno. Sua definição foi nas seguintes palavras: “Todos são de um, não por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando-se em ordem os três, Pai, Filho e Espírito Santo; três, contudo, … não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos como o nome de Pai, Filho e Espírito Santo”. “Ele descreveu estas distinções como ´pessoas`. E ainda, que, o Filho e o Espírito são subordinados ao Pai”. Esta teoria da subordinação durou até chegar os conceitos de Agostinho.

Entre os anos 180-200, Noeto ensinou que “Cristo era o próprio Pai, e o próprio Pai nasceu, sofre e morreu”. Essas ideias foram transportadas para Roma em 190 por um seguidor de Noeto.

A discussão em torno da personalidade do filho não chegou a um termo cabal no final do século II, muito menos uma definição de Trindade, apenas o conceito de que Ele também era Deus. Quanto ao Espírito Santo, ele ainda não fazia parte dos círculos de debate, havia apenas algumas manifestações esporádicas de que era uma divindade.

Século III, Sabélio e a identificação do Espírito Santo com a divindade

No início do terceiro século, em Roma, surge Sabélio, com uma definição mais enfática sobre o Espírito Santo e o Filho. Para ele, “Pai, Filho, e Espírito Santo são um e o mesmo. São os três nomes do Deus Único que se manifesta de forma diferente, segundo as circunstâncias. Enquanto o Pai é o legislador do Antigo Testamento; enquanto o Filho é o encarnado; e enquanto o Espírito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus”. Sabélio foi excomungado em Roma, mas as suas afirmações deram base à cristologia ortodoxa: identificação absoluta entre Pai, Filho e Espírito Santo. Seus ensinos foram usados por Agostinho para suplantar a ideia da subordinação do Filho e do Espírito Santo advogada por Tertuliano e Atanásio. Foi mais ou menos no mesmo tempo de Sabélio que aparece Orígenes que cria “em um só Deus… Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que… nasceu do Pai mesmo antes de todas as criaturas… tornou-se homem e encarnou, apesar de ser Deus, e, enquanto homem continuou a ser o Deus que era… que o Espírito Santo estava associado em hora e dignidade ao Pai e ao Filho”. Convém lembrar que Orígenes era altamente influenciado pelas filosofias platônicas.

O “grande defensor da cristologia do Logos nessa época, em Roma, era Hipólito”. Acusado como adorador de dois deuses por Calixto, bispo de Roma, que excomungou Sabélio. “Calixto procurou uma forma conciliatória, em meio a essa confusão cristológica. Pai, Filo e Logos, afirmava ele, são nomes do ´espírito único e indivisível`. No entanto, o Pai, ´depois de tomar sobre si a nossa carne, elevou-se à natureza de divindade, mediante a união dela consigo, e a fez una, de forma tal que o Pai e Filho devem ser considerados um só Deus`”. Essa definição foi aceita pela maioria em Roma. O “grau de penetração desse tipo de cristologia no cristianismo ocidental é demonstrado pelo tratado sobre a Trindade, de autoria do presbítero romano Novaciano (entre 240-250)”. Ele “limitou-se a reproduzir e expandir as ideias de Tertunliano”. “Novaciano chega até a surgerir a ideia de uma Trindade social”. “O que a de mais precioso em novaciano é o fato de ressaltar aquilo que constituía o centro da convicção da Igreja em todas essa complicada discussão cristológica, a saber que o Cristo era plenamente Deus e, ao mesmo tempo, plenamente homem.”

Finalmente, “por volta de 262, o bispo romano Dionísio (259-268), escrevendo contra os Sabelianos, explicitou a cristologia do Logos em termos que se aproximavam mais da futura decisão de Nicéia (325), do que os empregados por qualquer outro teólogo do século III. Assim, sessenta anos antes do grande concílio, o Ocidente tinha chegado a conclusões facilmente equacionáveis com as de Nicéia. Não era, porém, o caso do Oriente, que não conseguira alcançar tal grau de uniformidade”.

Século IV, Ário e a definição da Trindade

No quarto século nos deparamos com a grande controvérsia ariana.  O Ocidente tinha chegado a unanimidade no que diz respeito a unidade de substância entre o Pai e o Filho, mas o Oriente estava dividido. “A controvérsia propriamente dita começou em Alexandria, por volta de 320, com a disputa entre Ário e seu bispo Alexandre”. Ário realçava “a unidade e existência autossuficiente de Deus. Conceituava o Cristo como ser criado. Como tal, Cristo não era da mesma substância de Deus, tendo sido feito do ´nada`, como as demais criaturas. Não era, por conseguinte, eterno, embora o primeiro entre as criaturas e agente na criação do mundo. ´O filho tem princípio, mas Deus é sem princípio`. Para Ário, Cristo era, na verdade, Deus em certo sentido, mas um Deus inferior, de modo algum uno com o Pai em essência ou eternidade.” O bispo Alexandre, adversário de Ário, cria que “o Filho era eterno, da mesma substância do Pai e absolutamente incriado”.

A controvérsia ariana levou “o mundo eclesiástico oriental” a “ebulição”. Então, para preservar a unidade do império, Constantino convoca o Concílio de Nicéia, em maio de 325. “Os representantes orientais predominavam numericamente. Dentre aproximadamente trezentos bispos presentes, só seis provinham do Ocidente. Haviam três partidos: um menor, radicalmente ariano, liderado por Eusébio de Nicomédia; outro, também pequeno, entusiasticamente apoiava Alexandre, e a grande maioria cujo líder era o historiador eclesiástico Eusébio de Cesaréia, homens poucos versados nos problemas em discussão. Na verdade a maioria, como um todo, pode ser descrita por um escritor pouco benevolente como ´simplórios`. Os que tinham opinião formada fundamentavam-se em geral nos ensinos de Orígenes. Destacava-se na assembleia a presença do próprio imperador, o qual, apesar de não ser batizado — razão por que não podia, do ponto de visita técnico, ser considerado membro da Igreja — era alguém cuja importância não podia deixar de ser acolhida entusiasticamente”.

Neste concílio, foram aceitas as declarações de Eusébio de Cesaréia — defensor de Alexandre — e recusada as de Eusébio de Nicomédia — defensor de Ário. Eusébio, Ário e seus companheiros acabaram sendo exilados a pedido do imperador. “É fácil compreender a atitude tomada por Constantino. Sendo ele essencialmente um político, pensou que uma fórmula que não encontrasse oposição na parte ocidental do império e contasse com o apoio de uma porção do Oriente, seria mais aceitável do que qualquer outra que pudesse ser rejeitada pelo Ocidente inteiro, e receber a anuência de não mais do que uma porção do Oriente. Deveu-se à influência de Constantino a adoção da definição de Nicéia”. O que foi realmente aprovado no Concílio de Nicéia, não foi a definição definitiva do conceito da Trindade, mas a unidade entre o Pai e o Filho. O conceito como vemos hoje seria aprovado décadas mais tarde.

A “batalha decisiva”, porém, “não e travou tanto no Concílio mesmo, mas nos cinquenta e tantos anos seguintes”. Em 328, morre Alexandre, levanta-se então o grande defensor da fé nicena, Atanásio. “A ele principalmente se deve a vitória final da teologia de Nicéia”. Por volta de 341, foi convocado um concílio geral. Mas, “a reunião não chegou a tornar-se um concílio geral, já que os bispos orientais, vendo em minoria e deparando-se com a presença de Atanásio e Marcelo no seu meio, resolveram retirar-se. Mais uma vez os bispos ocidentais deram seu apoio a Atanásio e Marcelo, muito embora este último representasse sério entrave  à sua causa, por causa de sua duvidosa ortodoxia. Parecia eminente a separação entre Oriente e Ocidente”. Entre idas e vindas, ocorreram vários pequenos concílios que ora tomavam decisões favorecendo o partido ariano, ora favorecendo o partido niceno. Mas, os imperadores “passaram a buscar a aceitação de sínodos que afirmavam ser representativos tanto do Oriente como do Ocidente”.

Por volta de 359, “a antiga fórmula nicena tinha sido abolida” e a fórmula vencedora não era ariana, mas “abria as portas às afirmações de caráter ariano”. Por enquanto, o triunfo pertencia aos arianos”. Neste ínterim, surge mais um partido, os conservadores, um intermédio. Atacavam a posição nicena, porém, muito mais fortemente o arianismo, e se “atinham às posições propostas por Orígenes”. “O partido intermédio, assim, reconstruído, fez notar sua influência pela primeira vez num sínodo reunido em Ancira, em 358, e seus primeiros líderes principais eram os bispos Basílio de Ancira e Jorge de Laodicéia. Em geral têm sido conhecidos como os semiarianos, mas a designação é inadequada. Melhor seria chamá-los de ´conservadores`. Rejeitavam energicamente o arianismo, aproximando-se, de fato, de Atanásio. Este percebeu os pontos em comum, e a união foi facilitada pelo trabalho de Hilário de Poitiers…”.”A vitória final dos nicenos viria mediante a fusão dos partidos niceno e ´semi-arianos` ou ´conservador`. Mediante essa união, a tradição da Ásia Menor e as interpretações de Orígenes viriam a combinar-se com as de Alexandria. Foi, porém, um processo lento. No seu desenvolvimento as antigas posições viriam a ser um tanto modificadas, para transformar-se na teologia neonicena”.

Esta aparente vitória nicena ainda sofreria alguns revés. “A discussão nicena ampliava o seu âmbito, passando a incluir o debate acerca das relações entre o Espírito Santo e a divindade. No Ocidente, desde o tempo de Tertuliano, Pai, Filho e Espírito Santo eram considerados três ´pessoas` de uma única substância. Tal unidade era inexistente no Oriente. Nem mesmo Orígenes se pronunciara com clareza sobre se o Espírito era ´criado ou incriado`, ´filho de Deus ou não`. Não houvera muita discussão a respeito desse tema. Surgindo ele agora, no contexto maior da polêmica”.

Foi “durante um sínodo realizado em Alexandria, em 362, sob a presidência de Atanásio…” que “…estabeleceram-se os termos da união com os partidos rivais… declarava-se ´anatematizar a heresia ariana e confessar a fé confessada pelos santos Pais de Nicéia, e também anatematizar os que declaram que o Espírito Santo é criatura e separado da essência de Cristo`. Com isto, o próprio Atanásio abria assim a porta, não só para a plena definição da doutrina da Trindade, mas também para a ortodoxia neonicena, com Ideia da Divindade em uma essência (substância) e três hipóstases”.

Com “a morte de Atanásio, a liderança na luta passava às mãos de homens mais jovens, do partido neoniceno. Os principais dentre eles eram Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa, todos da Capadócia”.“Mais do que a quaisquer outros personagens, foi a esses três homens da Capadócia que se deveu a vitória intelectual da fé neonicena. Para seus contemporâneos sua obra parecia significar o triunfo do ponto de vista niceno. Mesmo hoje em dia, porém, não se sabe até que ponto essa afirmação é verdadeira. Há quem afirme que a ortodoxia nicena foi seriamente modificada pelos capadócios. Eis o que diz um autor alemão, a respeito desse problema: ´Atanásio (e Marcelo) pregavam um único Deus, que vivia uma tríplice vida pessoal e se revela como tal. Os capadócios falam em três hipóstases divinas, as quais, na medida em que manifestam a mesma atividade, possuem — admiti-se — uma única natureza e a mesma dignidade. Para os primeiros, o mistério está na trindade, para os segundos, na unidade… Os capadócios interpretam a doutrina de Atanásio de acordo com os conceitos e princípios subjacentes à cristologia do Logos, de Orígenes. Alto atributo, porém pagaram ele pelo seu êxito, mais alto até do que imaginavam, a saber, a ideia do Deus pessoal. O resultado veio a ser três personalidades e uma essência abstrata e impessoal´”.

Em 380, o Imperador Teodósio, “juntamente com Graciano, promulgou um edito que ordenava a todos ´guardassem a fé que o santo apóstolo Pedro legou aos romanos´”. “Desde então passaria a haver uma única religião no império, a saber, a dos cristãos. Mais ainda, só poderia existir uma forma específica de cristianismo que professava uma única essência divina em três hipóstases, ou, nos termos supostamente equivalentes, em que o expressaria o Ocidente, uma substância em três pessoas”.

Em 381, Teodósio convocou um sínodo oriental em Constantinopla. Deste sínodo, “não há dúvida, porém de que repeliu os macedonianos, ala do partido… que se recusava aceitar a consubstancialidade do Espírito Santo, e aprovou o credo niceno original”. “No entanto, mesmo durante a reunião do sínodo de 381, o credo niceno, na forma adotada em 325, deixava de satisfazer às exigências do desenvolvimento teológico no partido vitorioso. Era omisso com respeito à consubstancialidade do Espírito Santo, para citar um exemplo. Era de  desejar um credo que, de maneira mais completa, correspondesse ao estágio atual da discussão”.

Efetivamente, tal credo começou a ser usado e, por volta de 451 era considerado como tendo sido adotado pelo Concílio Geral de 381. Por fim veio a tomar o lugar do genuíno credo niceno. É esse que hoje em dia é conhecido como ´credo niceno`. Sua origem exata é incerta, mas relaciona-se intimamente com o credo batismal de Jerusalém, tal como o podemos inferir dos escritos de Cirilo, posteriormente bispo de cidade, por volta de 348, e também dos de Epifânio de Saamis, em 374. Possivelmente fosse o credo usado na Igreja de Constantinopla nessa época”.

O concílio de Nicéia aprovou a unidade entre o Pai e o Filho. Mas, esta fórmula não foi respeitada nos anos seguintes. A fórmula aceita no meio século seguinte dependeu da política de cada imperador. Mais ou menos cinquenta anos depois inclui-se a discussão sobre o Espírito Santo, ele é igual ao Pai e ao Filho. Foi somente no Concílio de Constantinopla que chegou-se a uma definição mais próxima da que se tem hoje e aceita pela maioria dos cristãos.

Em suma, o desenrolar da história trinitariana começou primeiramente com a ideia de que Cristo não veio em carne. Num segundo avanço, ela dizia que o Filho era semelhante ao Pai, isto é, da mesma substância, sendo, portanto, Deus. Na terceira etapa, ela dizia que o Espírito Santo era da mesma essência do Pai e do Filho, sendo também Deus. Somente, no final do século IV, que foi possível chegar a um termo definido e disto resultou a conclusão de que existe um Deus em três pessoas. Esta conclusão é, no entanto, tão complicada e confusa como conflitante. Todavia, o resultado final da discussão cristológica foi a formulação de um conceito que “agradou” a todos. Como vimos, até o século IV, a “doutrina” da Trindade não estava ainda explícita na mente dos homens, muito menos na Bíblia. A formulação da doutrina da Trindade aconteceu de forma lenta e gradativa.

Fonte: Livro História da Igreja Cristã. W. Walker.

 

Por: Edy Brilhador

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Pré-existência de Cristo ou Encarnação do Verbo – Doutrina verdadeira? https://igrejadedeus.com.br/pre-existencia-de-cristo-ou-encarnacao-do-verbo-doutrina-verdadeira/ https://igrejadedeus.com.br/pre-existencia-de-cristo-ou-encarnacao-do-verbo-doutrina-verdadeira/#respond Mon, 10 Feb 2014 18:09:11 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=357
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A mais estranha doutrina das igrejas cristãs é a Trindade. Segundo o conceito trinitário, Deus é uma combinação de três pessoas num só deus. E apesar da ferrenha discussão cristológica nos primeiros séculos do cristianismo, quase dois mil anos depois ainda não se chegou a um termo claro, por isso, persiste um ar de “mistério”. A doutrina da Trindade não tem origem nos ensinamentos da igreja primitiva. Ela se desenrolou a partir da morte dos primeiros apóstolos até sua “completa” formulação no Concílio de Constantinopla. Este artigo é um resumo dos principais momentos de sua história.

Século I, os primeiros desvios

A base para a formulação da doutrina da Trindade já se manifestava nos tempos apostólicos. O apóstolo João em sua Primeira Epístola, capitulo 4 e versos 2 e 3, diz: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus; e todo o Espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus, mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”. Apesar deste verso tratar, dentro de seu contexto, da presença do espírito de Deus na vida do crente, é um indício de que nos tempos do Apóstolo João haviam homens com outras interpretações quanto às características do filho de Deus. Estes argumentavam que Jesus não viera em carne, ou seja, não era nascido de mulher. Ideias como essa permearam a grande discussão cristológica que se seguiu nos próximos séculos, a qual na tentativa de glorificar o filho de Deus, acabou por atribuir-lhe características pertencentes somente a Deus.

Século II, a cristologia de Tertuliano: Cristo é definido como Deus e igual ao Pai

A partir da morte dos apóstolos — João foi o último a morrer, diz-se que morreu por volta do ano 100 — no início do segundo século, surge Inácio de Antioquia. Ele saudava a igreja de Roma nos seguintes termos: “Jesus Cristo, nosso Deus”. Apesar de Inácio não identificar Cristo com Deus, na maioria das igrejas do II século, pairava o pensamento de que: “Fora o Espírito quem inspirara a profecia do Antigo Testamento. Fora ele quem guiara os escritores do Novo Testamento. Para o pensamento cristão do começo do século II, havia uma diferenciação entre o Espírito Santo e Cristo, mas eram ambos considerados Deus. Isso é evidente na fórmula batismal trinitária, que, a essa época, já estava substituindo as outras fórmulas mais antigas, em nome de Cristo. Ao fim do século I e começo do século II, as fórmulas trinitárias já eram de uso frequente,” diz o historiador da religião W. Walker.  E completa dizendo que entre os anos de 170-235 foi introduzido no credo de Roma as três perguntas aos candidatos ao batismo: “Crês em Deus Pai Onipotente? Crês em Jesus Cristo, o filho de Deus,… ? Crês no Espírito Santo,…?”

A cristologia de Tertuliano antecipou a decisão que chegou o Concílio Niceno. Sua definição foi nas seguintes palavras: “Todos são de um, não por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando-se em ordem os três, Pai, Filho e Espírito Santo; três, contudo, … não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos como o nome de Pai, Filho e Espírito Santo”. “Ele descreveu estas distinções como ´pessoas`. E ainda, que, o Filho e o Espírito são subordinados ao Pai”. Esta teoria da subordinação durou até chegar os conceitos de Agostinho.

Entre os anos 180-200, Noeto ensinou que “Cristo era o próprio Pai, e o próprio Pai nasceu, sofre e morreu”. Essas ideias foram transportadas para Roma em 190 por um seguidor de Noeto.

A discussão em torno da personalidade do filho não chegou a um termo cabal no final do século II, muito menos uma definição de Trindade, apenas o conceito de que Ele também era Deus. Quanto ao Espírito Santo, ele ainda não fazia parte dos círculos de debate, havia apenas algumas manifestações esporádicas de que era uma divindade.

Século III, Sabélio e a identificação do Espírito Santo com a divindade

No início do terceiro século, em Roma, surge Sabélio, com uma definição mais enfática sobre o Espírito Santo e o Filho. Para ele, “Pai, Filho, e Espírito Santo são um e o mesmo. São os três nomes do Deus Único que se manifesta de forma diferente, segundo as circunstâncias. Enquanto o Pai é o legislador do Antigo Testamento; enquanto o Filho é o encarnado; e enquanto o Espírito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus”. Sabélio foi excomungado em Roma, mas as suas afirmações deram base à cristologia ortodoxa: identificação absoluta entre Pai, Filho e Espírito Santo. Seus ensinos foram usados por Agostinho para suplantar a ideia da subordinação do Filho e do Espírito Santo advogada por Tertuliano e Atanásio. Foi mais ou menos no mesmo tempo de Sabélio que aparece Orígenes que cria “em um só Deus… Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que… nasceu do Pai mesmo antes de todas as criaturas… tornou-se homem e encarnou, apesar de ser Deus, e, enquanto homem continuou a ser o Deus que era… que o Espírito Santo estava associado em hora e dignidade ao Pai e ao Filho”. Convém lembrar que Orígenes era altamente influenciado pelas filosofias platônicas.

O “grande defensor da cristologia do Logos nessa época, em Roma, era Hipólito”. Acusado como adorador de dois deuses por Calixto, bispo de Roma, que excomungou Sabélio. “Calixto procurou uma forma conciliatória, em meio a essa confusão cristológica. Pai, Filo e Logos, afirmava ele, são nomes do ´espírito único e indivisível`. No entanto, o Pai, ´depois de tomar sobre si a nossa carne, elevou-se à natureza de divindade, mediante a união dela consigo, e a fez una, de forma tal que o Pai e Filho devem ser considerados um só Deus`”. Essa definição foi aceita pela maioria em Roma. O “grau de penetração desse tipo de cristologia no cristianismo ocidental é demonstrado pelo tratado sobre a Trindade, de autoria do presbítero romano Novaciano (entre 240-250)”. Ele “limitou-se a reproduzir e expandir as ideias de Tertunliano”. “Novaciano chega até a surgerir a ideia de uma Trindade social”. “O que a de mais precioso em novaciano é o fato de ressaltar aquilo que constituía o centro da convicção da Igreja em todas essa complicada discussão cristológica, a saber que o Cristo era plenamente Deus e, ao mesmo tempo, plenamente homem.”

Finalmente, “por volta de 262, o bispo romano Dionísio (259-268), escrevendo contra os Sabelianos, explicitou a cristologia do Logos em termos que se aproximavam mais da futura decisão de Nicéia (325), do que os empregados por qualquer outro teólogo do século III. Assim, sessenta anos antes do grande concílio, o Ocidente tinha chegado a conclusões facilmente equacionáveis com as de Nicéia. Não era, porém, o caso do Oriente, que não conseguira alcançar tal grau de uniformidade”.

Século IV, Ário e a definição da Trindade

No quarto século nos deparamos com a grande controvérsia ariana.  O Ocidente tinha chegado a unanimidade no que diz respeito a unidade de substância entre o Pai e o Filho, mas o Oriente estava dividido. “A controvérsia propriamente dita começou em Alexandria, por volta de 320, com a disputa entre Ário e seu bispo Alexandre”. Ário realçava “a unidade e existência autossuficiente de Deus. Conceituava o Cristo como ser criado. Como tal, Cristo não era da mesma substância de Deus, tendo sido feito do ´nada`, como as demais criaturas. Não era, por conseguinte, eterno, embora o primeiro entre as criaturas e agente na criação do mundo. ´O filho tem princípio, mas Deus é sem princípio`. Para Ário, Cristo era, na verdade, Deus em certo sentido, mas um Deus inferior, de modo algum uno com o Pai em essência ou eternidade.” O bispo Alexandre, adversário de Ário, cria que “o Filho era eterno, da mesma substância do Pai e absolutamente incriado”.

A controvérsia ariana levou “o mundo eclesiástico oriental” a “ebulição”. Então, para preservar a unidade do império, Constantino convoca o Concílio de Nicéia, em maio de 325. “Os representantes orientais predominavam numericamente. Dentre aproximadamente trezentos bispos presentes, só seis provinham do Ocidente. Haviam três partidos: um menor, radicalmente ariano, liderado por Eusébio de Nicomédia; outro, também pequeno, entusiasticamente apoiava Alexandre, e a grande maioria cujo líder era o historiador eclesiástico Eusébio de Cesaréia, homens poucos versados nos problemas em discussão. Na verdade a maioria, como um todo, pode ser descrita por um escritor pouco benevolente como ´simplórios`. Os que tinham opinião formada fundamentavam-se em geral nos ensinos de Orígenes. Destacava-se na assembleia a presença do próprio imperador, o qual, apesar de não ser batizado — razão por que não podia, do ponto de visita técnico, ser considerado membro da Igreja — era alguém cuja importância não podia deixar de ser acolhida entusiasticamente”.

Neste concílio, foram aceitas as declarações de Eusébio de Cesaréia — defensor de Alexandre — e recusada as de Eusébio de Nicomédia — defensor de Ário. Eusébio, Ário e seus companheiros acabaram sendo exilados a pedido do imperador. “É fácil compreender a atitude tomada por Constantino. Sendo ele essencialmente um político, pensou que uma fórmula que não encontrasse oposição na parte ocidental do império e contasse com o apoio de uma porção do Oriente, seria mais aceitável do que qualquer outra que pudesse ser rejeitada pelo Ocidente inteiro, e receber a anuência de não mais do que uma porção do Oriente. Deveu-se à influência de Constantino a adoção da definição de Nicéia”. O que foi realmente aprovado no Concílio de Nicéia, não foi a definição definitiva do conceito da Trindade, mas a unidade entre o Pai e o Filho. O conceito como vemos hoje seria aprovado décadas mais tarde.

A “batalha decisiva”, porém, “não e travou tanto no Concílio mesmo, mas nos cinquenta e tantos anos seguintes”. Em 328, morre Alexandre, levanta-se então o grande defensor da fé nicena, Atanásio. “A ele principalmente se deve a vitória final da teologia de Nicéia”. Por volta de 341, foi convocado um concílio geral. Mas, “a reunião não chegou a tornar-se um concílio geral, já que os bispos orientais, vendo em minoria e deparando-se com a presença de Atanásio e Marcelo no seu meio, resolveram retirar-se. Mais uma vez os bispos ocidentais deram seu apoio a Atanásio e Marcelo, muito embora este último representasse sério entrave  à sua causa, por causa de sua duvidosa ortodoxia. Parecia eminente a separação entre Oriente e Ocidente”. Entre idas e vindas, ocorreram vários pequenos concílios que ora tomavam decisões favorecendo o partido ariano, ora favorecendo o partido niceno. Mas, os imperadores “passaram a buscar a aceitação de sínodos que afirmavam ser representativos tanto do Oriente como do Ocidente”.

Por volta de 359, “a antiga fórmula nicena tinha sido abolida” e a fórmula vencedora não era ariana, mas “abria as portas às afirmações de caráter ariano”. Por enquanto, o triunfo pertencia aos arianos”. Neste ínterim, surge mais um partido, os conservadores, um intermédio. Atacavam a posição nicena, porém, muito mais fortemente o arianismo, e se “atinham às posições propostas por Orígenes”. “O partido intermédio, assim, reconstruído, fez notar sua influência pela primeira vez num sínodo reunido em Ancira, em 358, e seus primeiros líderes principais eram os bispos Basílio de Ancira e Jorge de Laodicéia. Em geral têm sido conhecidos como os semiarianos, mas a designação é inadequada. Melhor seria chamá-los de ´conservadores`. Rejeitavam energicamente o arianismo, aproximando-se, de fato, de Atanásio. Este percebeu os pontos em comum, e a união foi facilitada pelo trabalho de Hilário de Poitiers…”.”A vitória final dos nicenos viria mediante a fusão dos partidos niceno e ´semi-arianos` ou ´conservador`. Mediante essa união, a tradição da Ásia Menor e as interpretações de Orígenes viriam a combinar-se com as de Alexandria. Foi, porém, um processo lento. No seu desenvolvimento as antigas posições viriam a ser um tanto modificadas, para transformar-se na teologia neonicena”.

Esta aparente vitória nicena ainda sofreria alguns revés. “A discussão nicena ampliava o seu âmbito, passando a incluir o debate acerca das relações entre o Espírito Santo e a divindade. No Ocidente, desde o tempo de Tertuliano, Pai, Filho e Espírito Santo eram considerados três ´pessoas` de uma única substância. Tal unidade era inexistente no Oriente. Nem mesmo Orígenes se pronunciara com clareza sobre se o Espírito era ´criado ou incriado`, ´filho de Deus ou não`. Não houvera muita discussão a respeito desse tema. Surgindo ele agora, no contexto maior da polêmica”.

Foi “durante um sínodo realizado em Alexandria, em 362, sob a presidência de Atanásio…” que “…estabeleceram-se os termos da união com os partidos rivais… declarava-se ´anatematizar a heresia ariana e confessar a fé confessada pelos santos Pais de Nicéia, e também anatematizar os que declaram que o Espírito Santo é criatura e separado da essência de Cristo`. Com isto, o próprio Atanásio abria assim a porta, não só para a plena definição da doutrina da Trindade, mas também para a ortodoxia neonicena, com Ideia da Divindade em uma essência (substância) e três hipóstases”.

Com “a morte de Atanásio, a liderança na luta passava às mãos de homens mais jovens, do partido neoniceno. Os principais dentre eles eram Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa, todos da Capadócia”.“Mais do que a quaisquer outros personagens, foi a esses três homens da Capadócia que se deveu a vitória intelectual da fé neonicena. Para seus contemporâneos sua obra parecia significar o triunfo do ponto de vista niceno. Mesmo hoje em dia, porém, não se sabe até que ponto essa afirmação é verdadeira. Há quem afirme que a ortodoxia nicena foi seriamente modificada pelos capadócios. Eis o que diz um autor alemão, a respeito desse problema: ´Atanásio (e Marcelo) pregavam um único Deus, que vivia uma tríplice vida pessoal e se revela como tal. Os capadócios falam em três hipóstases divinas, as quais, na medida em que manifestam a mesma atividade, possuem — admiti-se — uma única natureza e a mesma dignidade. Para os primeiros, o mistério está na trindade, para os segundos, na unidade… Os capadócios interpretam a doutrina de Atanásio de acordo com os conceitos e princípios subjacentes à cristologia do Logos, de Orígenes. Alto atributo, porém pagaram ele pelo seu êxito, mais alto até do que imaginavam, a saber, a ideia do Deus pessoal. O resultado veio a ser três personalidades e uma essência abstrata e impessoal´”.

Em 380, o Imperador Teodósio, “juntamente com Graciano, promulgou um edito que ordenava a todos ´guardassem a fé que o santo apóstolo Pedro legou aos romanos´”. “Desde então passaria a haver uma única religião no império, a saber, a dos cristãos. Mais ainda, só poderia existir uma forma específica de cristianismo que professava uma única essência divina em três hipóstases, ou, nos termos supostamente equivalentes, em que o expressaria o Ocidente, uma substância em três pessoas”.

Em 381, Teodósio convocou um sínodo oriental em Constantinopla. Deste sínodo, “não há dúvida, porém de que repeliu os macedonianos, ala do partido… que se recusava aceitar a consubstancialidade do Espírito Santo, e aprovou o credo niceno original”. “No entanto, mesmo durante a reunião do sínodo de 381, o credo niceno, na forma adotada em 325, deixava de satisfazer às exigências do desenvolvimento teológico no partido vitorioso. Era omisso com respeito à consubstancialidade do Espírito Santo, para citar um exemplo. Era de  desejar um credo que, de maneira mais completa, correspondesse ao estágio atual da discussão”.

Efetivamente, tal credo começou a ser usado e, por volta de 451 era considerado como tendo sido adotado pelo Concílio Geral de 381. Por fim veio a tomar o lugar do genuíno credo niceno. É esse que hoje em dia é conhecido como ´credo niceno`. Sua origem exata é incerta, mas relaciona-se intimamente com o credo batismal de Jerusalém, tal como o podemos inferir dos escritos de Cirilo, posteriormente bispo de cidade, por volta de 348, e também dos de Epifânio de Saamis, em 374. Possivelmente fosse o credo usado na Igreja de Constantinopla nessa época”.

O concílio de Nicéia aprovou a unidade entre o Pai e o Filho. Mas, esta fórmula não foi respeitada nos anos seguintes. A fórmula aceita no meio século seguinte dependeu da política de cada imperador. Mais ou menos cinquenta anos depois inclui-se a discussão sobre o Espírito Santo, ele é igual ao Pai e ao Filho. Foi somente no Concílio de Constantinopla que chegou-se a uma definição mais próxima da que se tem hoje e aceita pela maioria dos cristãos.

Em suma, o desenrolar da história trinitariana começou primeiramente com a ideia de que Cristo não veio em carne. Num segundo avanço, ela dizia que o Filho era semelhante ao Pai, isto é, da mesma substância, sendo, portanto, Deus. Na terceira etapa, ela dizia que o Espírito Santo era da mesma essência do Pai e do Filho, sendo também Deus. Somente, no final do século IV, que foi possível chegar a um termo definido e disto resultou a conclusão de que existe um Deus em três pessoas. Esta conclusão é, no entanto, tão complicada e confusa como conflitante. Todavia, o resultado final da discussão cristológica foi a formulação de um conceito que “agradou” a todos. Como vimos, até o século IV, a “doutrina” da Trindade não estava ainda explícita na mente dos homens, muito menos na Bíblia. A formulação da doutrina da Trindade aconteceu de forma lenta e gradativa.

Fonte: Livro História da Igreja Cristã. W. Walker.

 

Por: Edy Brilhador

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Fragmentos de manuscritos do N.T ainda no seculo I. https://igrejadedeus.com.br/fragmentos-de-manuscritos-do-n-t-ainda-no-seculo-i/ https://igrejadedeus.com.br/fragmentos-de-manuscritos-do-n-t-ainda-no-seculo-i/#respond Wed, 05 Feb 2014 18:07:34 +0000 https://igrejadedeus.com.br/?p=354 Novas descobertas de manuscritos derrubaram definitivamente as críticas dos Judeus Messiânicos ao Novo Testamento em Grego. Esses novos documentos chegaram para estabelecer a verdade sobre a Palavra de Deus.
A descoberta dos rolos do Mar Morto em 1947 praticamente sepultou as discussões sobre a fidedignidade do Antigo Testamento. Mas, nos últimos anos, a onda de críticas à legitimidade do texto do Novo Testamento ressurge pelos falsos ensinamentos dos judeus messiânicos.
O Documento de Oxford
O primeiro documento que derruba de vez a argumentação de judeus messiânicos trata-se de fragmentos de papiro que hoje pertencem ao Magdalen College (Faculdade de Madalena), na Universidade de Oxford, na Inglaterra. São, ao todo, três fragmentos. O maior deles mede 4,1 cm por 1,3 cm. O texto traz trechos do capítulo 26 de Mateus e está registrado na frente e no verso dos três fragmentos. Mesmo sendo muito pequenos, os fragmentos trazem conteúdo suficiente para não deixar dúvidas que se tratam da passagens que narram a visita do Senhor à casa de Simão (Mateus 26: 6-13), e da traição de Judas (Mateus. 26: 14-16).
O anúncio da descoberta foi feito pelo jornal britânico The Times, na sua primeira página, na edição de 24 de Dezembro de 1994: “Um papiro que acredita-se que seja o mais antigo fragmento existente no Novo Testamento foi encontrado na biblioteca de Oxford. Ele fornece a primeira prova material de que o Evangelho segundo Mateus é um relato de testemunha ocular, escrito por contemporâneos de Cristo”. A reportagem apoiava-se no trabalho de um respeitado estudioso alemão, o paleógrafo e papirólogo Carsten Peter Thiede, de 57 anos, que é diretor do Instituto de Pesquisa Epistemológica de Padeborn, Alemanha.
A revista Terra Santa, de Jerusalém, também publicou um artigo sobre a descoberta, intitulado Mateus, testemunha ocular (edição de Setembro/Outubro de 1996). O título é homônimo de um livro de Thiede. No seu livro, ele afirma que as suas pesquisas apontam para a datação dos fragmentos do Evangelho de Mateus como sendo antes dos anos 60 dC, provavelmente 50 dC. Isto é, menos de 30 anos depois da morte de Cristo, quando as suas testemunhas oculares ainda estavam vivas.
O papiro estava na Biblioteca do Magdalen College desde o início dos anos 50, e havia recebido em 1953 uma datação errada, situando-o no fim do segundo século dC. Por isso, não despertava atenção. Porém, os novos estudos de Thiede mostraram que o papiro era de 50 dC.
Observando-os melhor, o especialista constatou que eles possuíam uma escrita que não era de uma data tardia (início do século II, como se presumia anteriormente), mas deveriam ter sido escritos no ano 50 dc. Como se trata de uma cópia do Evangelho de Mateus, isso significa que o original de Mateus era anterior a essa data, portanto escrito enquanto as testemunhas oculares de Cristo ainda eram vivas (pouco mais de dez anos depois da sua ressurreição). E como a cópia em mãos era muito antiga, as testemunhas ainda estariam vivas, quando esta começou a circular, podendo questionar o seu conteúdo caso estivesse equivocado. Então, se os apóstolos, ou alguns deles, estavam vivos, porque não questionaram esta Versão em Grego?
Depois disso e com base em pesquisas semelhantes, outros erros em papiros do Novo Testamento foram encontrados. Estes passaram a receber novas datas. O papiro chamado P46, por exemplo, antes datado de 200 dC, já é admitido como sendo de 85 dC. O papiro P66, de 200 dC, sabe-se hoje que é de 125 dC. O P32, antes tido como de 200 dC, é, na verdade, de 175 dC. O P45, antes visto como do terceiro século ou início do terceiro, é de 150 dC. O P87, identificado antes como sendo do terceiro século, é na verdade de 125 dC. O P90, apontado como do final do segundo século, é de 150 dC.
Apesar dessa descoberta ser importantíssima, 13 anos depois ela ainda é omitida pelos judeus messiânicos nos seus textos de combate à legitimidade dos Evangelhos em Grego. Por isso, eruditos afirmam que muitos dos livros de hoje que se dizem em busca de uma verdade na verdade nos revelam mais sobre a tendenciosa e falsa teologia dos judeus messiânicos do que sobre a Verdade de textos em Grego do Novo Testamento. Os Evangelhos acabam sendo cada vez mais admitidos como legítimos relatos sobre Cristo, e toda a tentativa de desacreditar esse fato nada mais é do que estudiosos preconceituosos em relação ao texto Grego tentando fugir da verdade, não enfrentando os fatos.
O documento 7Q5: Deus fala aos incrédulos
O 7Q5 foi outro documento importantíssimo que também fez notícia em meados dos anos 90. Por que esse nome? Porque ele foi o quinto fragmento encontrado na caverna 7 do sítio arqueológico de Qumran, onde foram descobertos os Manuscritos do Mar Morto. Há 50 anos, ele foi datado pela paleografia como sendo de 50 dC.
Em 1955, foi descoberta uma gruta em Qumran com características especiais: a caverna 7. Todas as grutas até então encontradas continham material escrito em hebraico e/ou aramaico. Porém, a gruta 7 continha fragmentos e jarros com escrita em grego. No momento dessa descoberta, não se percebeu o seu valor. Na época, o especialista C. H. Roberts, sem saber que um desses fragmentos era um trecho do Evangelho de Marcos, datou alguns desses fragmentos como sendo muito antigos do ano 50 dC. Entre eles, o fragmento 7Q5.
Nos anos 90, José O’Callaghan estava tentando descobrir o livro do Antigo Testamento ou da literatura judaica ao qual o fragmento pertencia, mas não conseguia identificar nenhuma parte dessa literatura. Foi então que, só por curiosidade, verificou se havia aquela sequência de letra do Novo Testamento e, para sua surpresa, descobriu que o fragmento era exata e literalmente o texto de Marcos 6.52-53. O detalhe é que o que está escrito no versículo 52 parece Deus falando aos cépticos de hoje, denunciando a razão pela qual tentam desacreditar a legitimidade dos Evangelhos em Grego
Impressionado com a descoberta, ele contou ao especialista Ignace de la Potterie, que o aconselhou a fazer testes no computador para que não houvesse dúvidas quanto à identificação. Foi então que, usando o programa Ibycus, que traz na sua memória toda a literatura greco-romana conhecida de todos os textos já descobertos da Antiguidade, descobriu que a única identificação que o programa acusava era a passagem do Evangelho de Marcos. Essa passagem não era nem citada em alguma obra grega conhecida. Não havia dúvida quanto à identificação: era um fragmento de Marcos 6 datado de 50 dC.
Com essa descoberta, está provado que o Evangelho de Marcos, do qual o documento 7Q5 é apenas uma cópia, foi escrito por volta do ano 40 dC, dez anos depois da ressurreição de Cristo.
Outros manuscritos antigos
Atualmente, há mais de 6 mil cópias de manuscritos gregos do Novo Testamento ou de porções neotestamentárias, indo do primeiro ao nono século. A maioria é do terceiro, quarto e quinto séculos. Isso é impressionante, uma vez que nenhuma outra obra da literatura grega pode ostentar uma abundância tão grande de provas.
Passam séculos e a Palavra do Senhor permanece a mesma, porque o Senhor da Palavra prometeu:
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar”, Lucas 21.33.
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